Moradores de Brumadinho realizam protesto contra Vale
- gabinetedecrisecom
- 4 de dez. de 2019
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Na manhã da última segunda-feira (2), moradores de Brumadinho (MG) se manifestaram contra mudanças no auxílio emergencial destinado a atingidos e atingidas pelo rompimento da barragem de rejeitos da Vale sobre o rio Paraopeba. Na semana passada, a Justiça modificou os critérios para determinar quem tem direito ao auxílio.
Embora tenha ficado estabelecida a continuidade do pagamento por mais dez meses a todos os que receberam até aqui, alguns passarão a receber apenas 50% do valor inicial. Os moradores das comunidades de Córrego do Feijão, Parque da Cachoeira, Pires, Cantagalo, Alberto Flores - as comunidades que beiram o Córrego do Carvão - seguem recebendo 100%. Aqueles que estão nos programas sociais da Vale, como recebimento de água, aluguel e auxílio agricultura também estão nesse grupo. Os demais atingidos, porém, terão o auxílio reduzido pela metade. As mudanças entram em vigor a partir do dia 25 de janeiro.
A medida gerou insatisfação da população, que bloqueou as principais entradas de Brumadinho para expressão a indignação. Além da exigência de 100% do auxílio emergencial para todos os atingidos e atingidas, o ato teve outras pautas:
Assessoria técnica nas comunidades;
Psicólogos e psiquiatras nas comunidades;
Transparência da Prefeitura com todo dinheiro investido em Brumadinho. Sejam repasse da Vale, governo estadual e federal;
Prestação de contas sobre o dinheiro das doações em contas bancária da prefeitura da época do rompimento da barragem;
Representação das comunidades atingidas em espaço de debate e negociação junto as instituições de Justiça e Vale;
Reunião com mineradoras para melhorias na comunidade do Tejuco.
Que a pauta dos agricultores seja atendida;
Indenização justa para os moradores da Ponte dos Almorreimas e contra partida para comunidades.
O rompimento da barragem B1, que despejou mais de 13 milhões de metros cúbicos de lama tóxica pela Bacia do Rio Paraopeba em 25 de janeiro de 2019, provocou a morte de 257 mortes – outras 13 pessoas estão desaparecidas, além do impacto social, econômico e ambiental ainda não mensurado.
Fonte: Instituto Guaycuí, com informações do G1. Imagem: MAB/Divulgação
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