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CSN expõe 6 mil trabalhadores ao coronavírus

  • gabinetedecrisecom
  • 30 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Siderúrgica ignora recomendações dos órgãos de saúde para adoção de medidas de distanciamento social

Trabalhadores aglomerados em ônibus da empresa. Imagem obtida por reportagem do Observatório da Mineração.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), maior siderúrgica do Brasil com minas de minério de ferro e outros minerais nos municípios mineiros de Congonhas e Arcos, em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e contrariando as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde brasileiro para a adoção de medidas de distanciamento social, mantém suas operações e expõe seus funcionários ao risco de contaminação. Somente em Congonhas, cidade histórica de Minas Gerais conhecida pela obra de Aleijadinho declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, 6 mil trabalhadores se revezam em turnos ininterruptos de 24 horas para extrair minério. Até o momento, Congonhas investiga 125 casos suspeitos de coronavírus. E a CSN tem uma resposta para prevenir o contágio: não fazer praticamente nada. Empresa irmã da Vale – ambas foram criadas por Getúlio Vargas no início dos anos 40 – a CSN também é a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil e a sexta do mundo. Opera a mais antiga mina do tipo, a Casa de Pedra, que começou a ser explorada em 1913. Vídeos e fotos obtidos pela reportagem do Observatório da Mineração, mostram trabalhadores circulando normalmente pelas instalações da empresa como se nada estivesse acontecendo no Brasil e no mundo. Os 6 mil operários da CSN Mineração não podem escolher entre ficar em casa e proteger a si mesmos e as suas famílias ou não. Todos trabalham em Congonhas, mas, além da cidade-sede, boa parte dos trabalhadores moram em cidades próximas como Conselheiro Lafaiete, Belo Horizonte, Mariana, Ouro Preto e Ouro Branco. Ou seja: o risco de contágio é generalizado. Segundo a reportagem, além de não fazer nada, a CSN também se recusa a negociar com os trabalhadores, que pedem a interrupção imediata das atividades. Procurada, a CSN teve a mesma postura: se negou a comentar a situação. Leia a reportagem completa do Observatório da Mineração.

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